Sidney Leite conquista reconhecimento oficial de Maués como capital brasileira do guaraná
Município amazonense lidera produção nacional e movimentou mais de R$ 22 milhões em 2024
Foto: Divulgação
O município de Maués, um dos maiores produtores mundiais de guaraná, foi oficialmente reconhecido como a capital brasileira desse fruto amazônico. A Lei nº 15.216, sancionada pelo Governo Federal nesta segunda-feira (22/09), foi proposta pelo deputado federal Sidney Leite (PSD-AM) e reforça a importância cultural e econômica da cidade.
Em 2024, o guaraná movimentou mais de R$ 32,9 milhões na economia do Amazonas, segundo dados do IBGE. A produção alcançou o melhor desempenho dos últimos cinco anos, com a venda de mais de 771 toneladas em 16 municípios produtores. Maués lidera, com mais de R$ 22 milhões em vendas.
Além do valor econômico, o guaraná é parte essencial da cultura local e da identidade dos indígenas Sateré-Mawé, primeiros a domesticá-lo. O município ainda celebra anualmente a Festa do Guaraná, evento que homenageia a safra e a tradição.
Mauesense, o deputado Sidney Leite é um apaixonado pela cultura do guaraná e um consumidor assíduo do produto. Autor do projeto que levou à sanção da lei, ele exaltou os benefícios da fruta. “O guaraná combate radicais livres, tem propriedades energéticas e faz bem para a saúde e para a longevidade. Viva Maués, capital do guaraná, oficialmente a partir dessa data. Viva o Amazonas, viva a Amazônia”, disse.
Além de ser consumido fresco ou em pó, o guaraná é ingrediente em refrigerantes, energéticos, cosméticos e produtos fitoterápicos. O reconhecimento oficial da importância de Maués para a cultura do guaraná deve trazer benefícios econômicos para o Amazonas.
Este ano, o governo brasileiro firmou um acordo para exportar guaraná em pó para a Malásia, o que pode fortalecer toda a cadeia produtiva nacional. O Brasil é líder mundial na produção e principal exportador desse produto.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o país responde por cerca de 95% da produção global, com o Amazonas respondendo por aproximadamente 80% desse total. Outras regiões produtoras incluem Bahia, Acre, Pará e Rondônia.