Senac apresenta projeto nutricional para comunidades afetadas pela seca
O projeto “Ora-pro-nóbis: Uma alternativa nutricional sustentável para comunidades afetadas pela seca no Amazonas”, busca atender comunidades impactadas pela seca no estado, período em que a baixa dos rios dificulta o transporte de alimentos

Foto: Amanda Soares
Na última segunda-feira (14), o curso Técnico em Nutrição e Dietética do Senac Parintins apresentou o projeto “Ora-pro-nóbis: Uma alternativa nutricional sustentável para comunidades afetadas pela seca no Amazonas”. O evento ocorreu no Auditório Eneas Gonçalves.
O projeto busca atender comunidades impactadas pela seca no estado, período em que a baixa dos rios dificulta o transporte de alimentos, medicamentos e água potável, agravando a escassez de recursos essenciais.
O professor e coordenador da iniciativa, Daniel Costa, explicou como o tema foi escolhido. “Após diversas pesquisas, os alunos identificaram o ora-pro-nóbis, uma planta alimentícia não convencional (PANC) pouco conhecida, mas com alto potencial nutritivo e rica em vitaminas. Vimos nela uma solução viável para a insegurança alimentar causada pela seca dos rios”, afirmou.
A aluna Luane Souza, uma das idealizadoras do projeto, destacou a escolha da planta. “Optamos pelo ora-pro-nóbis por ser acessível e se adaptar bem aos solos férteis. Ela tem alto valor nutricional e pode ser uma alternativa importante para as comunidades que enfrentam a estiagem”, comentou.
Conhecida como “carne verde”, a ora-pro-nóbis é rica em proteínas, fibras, vitaminas e minerais como ferro, cálcio e magnésio. Estudos indicam que suas folhas podem conter até 25% de proteína.
A estudante Gabriele Santarém explicou os benefícios da planta. “Ela oferece vitamina C, essencial para a imunidade, ferro para a saúde do sangue, magnésio e vitamina D para fortalecer os ossos. Assim, contribui para suprir as deficiências nutricionais que surgem nesse período crítico”, explicou
O evento contou com a presença do secretário da Defesa Civil, Adriano Aguiar, que elogiou a proposta. “É uma alternativa prática e viável, com potencial para ser cultivada e integrada à alimentação das comunidades afetadas pela seca. São soluções como essa que precisamos estimular”, destacou.