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Projeto “Eu Preto” leva música e teatro afro-brasileiro às escolas de Parintins

A iniciativa, idealizada pelo artista e produtor cultural Franciney Silva, conta com financiamento da Lei Aldir Blanc

29/07/2025 20h02 Por: Amanda Soares
Projeto “Eu Preto” leva música e teatro afro-brasileiro às escolas de Parintins

Foto: Pitter Freitas

Com o objetivo de valorizar a identidade negra e combater o racismo desde a infância, o projeto cultural “Eu Preto” está promovendo oficinas de música afro-brasileira e apresentações teatrais em escolas públicas de Parintins (AM). A iniciativa, idealizada pelo artista e produtor cultural Franciney Silva, conta com financiamento da Lei Aldir Blanc.

 

Umbandista e músico percussionista, Franciney defende a arte como ferramenta de transformação social. “A música e o teatro são meios artísticos que podem, ainda na primeira infância, promover um novo reconhecimento da identidade negra de forma afirmativa, contribuindo para a luta contra o preconceito”, afirma.

 

As atividades vêm sendo desenvolvidas em instituições como os Centros Educacionais Infantis Sementinha, no bairro Santa Rita, e Pequeninos de Nazaré, no bairro Palmares, além da Escola Municipal Santa Luzia, localizada no bairro Macurany.

 

Para a coordenadora pedagógica Cléo, do CEI Pequeninos de Nazaré, o projeto tem papel fundamental na formação das crianças: “Esse é um momento essencial. É na infância que podemos criar formas eficazes de combater o preconceito racial”.

 

Dividido em etapas, o projeto contempla inicialmente oficinas musicais com foco na cultura afro-brasileira, seguidas por encenações teatrais realizadas por artistas locais — o que também impulsiona a economia criativa do município.

 

O encerramento das atividades está previsto para dezembro, com uma aula magna em praça pública reunindo os participantes em apresentações artísticas e entrega de certificados.

 

“O ‘Eu Preto’ é um passo importante para um futuro mais inclusivo. É tempo de mudanças e de fortalecer o orgulho da identidade negra desde a infância”, conclui Franciney.