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PF deflagra operação contra grupo acusado de ataques hackers a sites do governo e segurança pública

A própria PF, Serpro, Dataprev e do centro de Telemática do Exército Brasileiro foram alvos de ataques.

03/12/2025 08h08 Por: Fábio Amato/TV Globo/ G1
PF deflagra operação contra grupo acusado de ataques hackers a sites do governo e segurança pública

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (3) a operação Power OFF contra uma associação criminosa especializada em ataques hackers a sites institucionais, especialmente de órgãos do governo e da segurança pública.

 

As investigações apontam que o grupo realizou ofensivas digitais contra instituições estratégicas, como a própria PF, o Serpro, a Dataprev e o Centro Integrado de Telemática do Exército.

 

A operação é chamada de Power OFF— que significa desligar a energia, em tradução livre do inglês —, e mira a atuação de criminosos especializados no formato de negação de serviço distribuído (DDoS – Distributed Denial of Service) sob demanda, conhecidos como booters e stressers.

 

Um ataque DDoS (Distributed Denial of Service) é umataque cibernético que tem como objetivo tornar um serviço online (como um site ou servidor) indisponível, a partir de uma sobrecarga com um volume massivo de tráfego malicioso de múltiplas fontes.

 

Segundo as investigações, as plataformas permitem que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, contrate um ataque hacker no formado DDoS mediante pagamento.

 

Os serviços são hospedados em servidores de nuvem distribuídos em diversos países e utilizados por agentes em escala mundial.

 

Mandados de prisão

 

A PF cumpre quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão em endereços de São Paulo (SP), São Caetano do Sul (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Tubarão (SC).

 

Os alvos são administradores das plataformas ilegais e usuários que contrataram os serviços para realizar ataques contra sistemas de alta relevância.

 

As investigações contaram com cooperação policial internacional do FBI (Federal Bureau of Investigation), dos Estados Unidos.

 

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e interrupção ou perturbação de serviço telemático ou de informação de utilidade pública, previstos na legislação penal brasileira.