Geral

Morre Hamilton Bandeira, presidente Mocidade Independente de Aparecida

Ele estava internado desde o último sábado (26), após sofrer um infarto em sua residência, no bairro Aparecida, zona Sul da capital

01/08/2025 08h36 Por: Amanda Soares
Morre Hamilton Bandeira, presidente Mocidade Independente de Aparecida

Foto: Reprodução

Manaus amanheceu em luto nesta quinta-feira (31) com a confirmação da morte cerebral de Hamilton Bandeira, de 59 anos, presidente da escola de samba Mocidade Independente de Aparecida (GRESMI). Ele estava internado desde o último sábado (26), após sofrer um infarto em sua residência, no bairro Aparecida, zona Sul da capital.

 

Hamilton foi levado a um hospital particular localizado no Centro, onde permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A família autorizou a doação de órgãos, e o corpo segue ligado a aparelhos à espera da equipe da Central Estadual de Transplantes, da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), para avaliação e remoção dos órgãos.

 

O velório será realizado no Palácio Rio Negro, na avenida Sete de Setembro, Centro. O sepultamento ocorrerá no Cemitério São João Batista, no bairro Nossa Senhora das Graças. Os horários ainda não foram divulgados oficialmente.

 

Hamilton Bandeira assumiu novamente a presidência da GRESMI Aparecida este ano, cargo que já havia ocupado entre 2002 e 2003. Sob sua gestão, a agremiação conquistou o título com o enredo “Porto: Roadway de Manaus, 100 anos de História, 333 anos de vida”. Em maio de 2025, ele anunciou o enredo para o carnaval de 2026: “Do Velho ao Novo, Para Sempre Airão: Santuário de Riquezas, a Maravilha Verde no Coração da Amazônia”.

 

Filho de César Bandeira — primeiro presidente da escola, falecido em 2005, também vítima de infarto —, Hamilton deixa um filho e um legado de dedicação ao samba e à cultura popular amazonense.

 

Homenagens emocionadas

 

A notícia gerou forte comoção no meio carnavalesco e político. O jornalista e carnavalesco da escola, Saulo Borges, lamentou profundamente a perda do amigo.

 

“Os 25 carnavais que eu fiz foi com a permissão de Hamilton. Ele lia meus textos, mandava observações. Sempre dizia: ‘é melhor fazer um feijão com arroz bem feito’”, contou Saulo. Ele revelou ainda que conversou com Bandeira por telefone horas antes do infarto.

 

“Ele me ligou às 9h03, como sempre fazia. Em determinado momento, a ligação caiu. Quando retornou, ele disse que estava se sentindo engasgado, com uma sensação de entalo. É muito difícil. A gente fica sem chão.”

 

O senador Omar Aziz (PSD) também manifestou seu pesar pelas redes sociais:

 

“Difícil, nesse momento, resumir em palavras 45 anos de amizade. São inúmeros momentos de alegria e luta pelo bairro e pela escola de samba do nosso coração, e que agora se tornaram saudades. Mas serão saudades acompanhadas de trilha sonora – um bom samba e os melhores enredos da nossa ‘Pareca’”, escreveu.

 

Fonte: Acritica