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Lei Aldir Blanc leva teatro e cultura afro-brasileira às escolas públicas de Parintins

O projeto tem como objetivo promover o acesso à arte e à cultura afro-brasileira para crianças da Educação Infantil

22/09/2025 16h36 Por: Amanda Soares
Lei Aldir Blanc leva teatro e cultura afro-brasileira às escolas públicas de Parintins

Foto: Divulgação

Nos dias 18 e 19 de setembro, foi realizado em Parintins o projeto "Eu Preto", que apresentou a peça teatral “Os Porquês” em escolas públicas da cidade. A iniciativa foi contemplada pela Lei Aldir Blanc, em nível estadual, e tem como objetivo principal promover o acesso à arte e à cultura afro-brasileira para crianças da Educação Infantil.

 

Idealizado pelo professor, músico e produtor cultural Franciney Silva, o projeto busca trabalhar políticas afirmativas raciais com foco em crianças pretas e pardas, incentivando a construção da identidade racial desde a infância. “Queremos que essas crianças cresçam se autodeclarando pretas, sem medo de uma sociedade que ainda é racista. Também é fundamental que aprendam a respeitar as diferenças daqueles com quem convivem”, afirma o idealizador.

 

A peça teatral foi escrita por Priscila Ribeiro, produtora cultural, e dirigida pelo professor Francisco Xavier, também atuante no Liceu de Artes de Parintins. O espetáculo contou com uma equipe de 11 profissionais, entre atores, atrizes e intérpretes de Libras, garantindo acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência.

 

Para Carliany Santos, integrante da equipe técnica do projeto, a experiência foi emocionante: “Esse tipo de iniciativa deveria ser permanente nas escolas, para que as crianças tenham cada vez mais coragem de dizer quem são, sem medo”, destacou.

 

As apresentações aconteceram em três unidades de ensino localizadas em áreas periféricas e rurais do município: os Centros Educacionais Sementinha e Pequeninos de Nazaré, além da Escola Municipal Santa Luzia.

 

A iniciativa, que assistiu aproximadamente 500 crianças, reforça a importância de políticas públicas voltadas para a valorização da cultura negra e o fortalecimento da identidade infantil, especialmente em comunidades com menor acesso a manifestações artísticas e culturais.

 

Veja alguns registros da ação: