Governo Federal lança campanha Agosto Lilás com foco na prevenção de feminicídios
A ação tem como base dados alarmantes divulgados pelo 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública

Foto: Vitor Vasconcelos/Secom-PR
O Ministério das Mulheres lançou, nesta sexta-feira (1º), a campanha anual Agosto Lilás, que marca o mês de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra as mulheres no Brasil, com ênfase na prevenção de feminicídios. A ação tem como base dados alarmantes divulgados pelo 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública e pela pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil.
Segundo o anuário, 1.492 feminicídios foram registrados no país em 2024. Já a pesquisa nacional, realizada em março, apontou que mais de 21,4 milhões de mulheres com 16 anos ou mais sofreram algum tipo de violência nos 12 meses anteriores à coleta dos dados.
Nesta quinta-feira (31), durante participação no programa Bom Dia, Ministra, transmitido pelo Canal Gov, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, apresentou as atividades previstas para o mês, que também marca os 19 anos da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).
“Há muitas formas de mobilização, e este Agosto Lilás promete atividades, campanhas, conversas, iluminação dos prédios públicos e espaços urbanos, tudo em nome do direito das mulheres a uma vida plena e digna”, afirmou a ministra.
Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios
A ministra destacou que o governo federal trabalha para que todas as unidades da federação assinem o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios até o fim de agosto. Até o momento, apenas 14 estados formalizaram acordos de cooperação técnica.
“Quando um estado assina o pacto, ele assume um plano de trabalho com ações voltadas à prevenção e ao combate à violência contra as mulheres. Isso envolve, além do reforço nas forças de segurança, a promoção de mobilizações e atividades educativas e preventivas”, explicou.
Mobilização em todos os espaços
Márcia Lopes também defendeu a ocupação dos espaços públicos e institucionais para fomentar o debate sobre a violência de gênero. A orientação é que o tema seja abordado em praças, unidades básicas de saúde, CRAS, CREAS, escolas, igrejas, sindicatos e locais de trabalho.
A ministra revelou ainda que tem dialogado com gestores municipais para reforçar a importância do papel das prefeituras na erradicação de feminicídios e no fortalecimento da rede de proteção às mulheres.
Fonte: Acrítica