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Governo do Amazonas financia estudo sobre efeitos da crise climática em comunidades vulneráveis

Iniciativa da Teto Brasil contou com o suporte das equipes sociais da UGPE para levantar dados em territórios na capital

15/10/2025 08h30 Por: Agência Amazonas
Governo do Amazonas financia estudo sobre efeitos da crise climática em comunidades vulneráveis

Foto:TIAGO CORREA/UGPE

A ONG Teto Brasil lançou, nesta terça-feira (14/10), em Brasília, o Panorama Climático das Favelas e Comunidades Invisibilizadas, estudo que mapeia os impactos da crise climática em comunidades vulneráveis no país. O levantamento contou com o apoio do Governo do Amazonas, responsável pela coleta de informações em Manaus.

 

 

As equipes do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), vinculado à Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), auxiliaram na aplicação de questionários e na realização de entrevistas com lideranças comunitárias de diferentes regiões da capital amazonense.

 

 

O Prosamin+ atua no reassentamento de populações em áreas de risco, promovendo saneamento básico e requalificação urbanística para reduzir os impactos de alagações e das mudanças climáticas. Com expertise no contato direto com as comunidades, as equipes do programa contribuem para minimizar os efeitos adversos do clima nas áreas atendidas.

 

 

A Teto Brasil e o Governo do Amazonas formalizaram, em julho, um Termo de Cooperação Técnica para facilitar o acesso às comunidades e apoiar um estudo inédito sobre os impactos da crise climática. A pesquisa analisou 119 favelas e comunidades em todo o Brasil, reunindo dados obtidos diretamente com moradores e lideranças, e revela como a crise afeta o cotidiano de populações vulneráveis e muitas vezes invisibilizadas.

 

 

O secretário da Sedurb e da UGPE, Marcellus Campêlo, destacou que a colaboração reforça o compromisso do Governo do Amazonas com a sustentabilidade ambiental e a inclusão social. “O Prosamin+ tem como missão melhorar a qualidade de vida das populações mais vulneráveis, e contribuir com um estudo dessa relevância é parte de nossa responsabilidade socioambiental”, afirma Campêlo.

 

 

De acordo com a subcoordenadora de Projetos Sociais da UGPE, Viviane Dutra, a equipe social do Prosamin+ apoiou a Teto Brasil na aplicação de questionários com entrevistas a lideranças das comunidades da Sharp, na zona leste, Manaus 2000 e Morro da Liberdade, zona sul, além da Cachoeira Grande, na zona oeste. “Nosso papel foi facilitar o acesso aos territórios e contribuir com informações locais. Essa parceria foi essencial para ampliar o alcance da pesquisa e incluir a perspectiva amazônica no diagnóstico nacional sobre os impactos da crise climática, além de outras vulnerabilidades sociais”, contou.

 

 

Para a diretora de Relações Institucionais e Incidência da Teto Brasil, Camila Jordan, o estudo traz à tona realidades que precisam de maior destaque no debate climático nacional. “Ouvir quem vive diariamente os impactos das mudanças climáticas é fundamental para construir políticas públicas mais justas e eficazes”, ressalta.

 

 

Jordan acrescenta, ainda, que a parceria da organização com a equipe da UGPE demonstra que, quando sociedade civil e governo trabalham em conjunto, é possível ir mais longe. “Esperamos, com este exemplo, demonstrar a importância da colaboração para levar justiça climática aos territórios que estão na linha de frente dos impactos, como o programa Prosamin+ já vem fazendo”, completa.