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Empresas unem forças por ações efetivas na Amazônia antes da COP30

O objetivo é apresentar ações concretas na COP30 que deixem um legado permanente para comunidades locais, ribeirinhas e indígenas, indo além de discursos ou compromissos sem efeito prático

11/08/2025 09h05 Por: Amanda Soares /Portal Clube Fm
Empresas unem forças por ações efetivas na Amazônia antes da COP30

Foto: Divulgação

Com a aproximação da COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), grandes empresas brasileiras e multinacionais iniciaram um planejamento estratégico inédito para promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O objetivo é apresentar, durante o evento, ações concretas que deixem um legado permanente para comunidades locais, ribeirinhas e indígenas — e não apenas discursos ou compromissos genéricos sem aplicação prática.

 

O primeiro passo foi dado na última segunda-feira (4), em São Paulo, com a criação da Coalizão para a Amazônia Sustentável e Equitativa (Case), que pretende articular, no setor privado, iniciativas de impacto direto no bioma e nas populações da região.

 

“Não adianta planejamento e discurso se isso não causar impacto direto na vida de quem realmente vive a Amazônia. Precisamos de uma agenda propositiva, construída com quem está lá e conhece a realidade do território”, afirmou Ana Costa, vice-presidente de Sustentabilidade da Natura.

 

Segundo ela, o momento é estratégico para unir empresas que já atuam localmente. “Estamos convidando outras organizações a integrar o movimento, trazendo ideias e recursos. A prioridade é para aquelas que já têm presença na Amazônia, e não apenas as que querem se aproveitar do evento”, reforçou.

 

Entre as empresas participantes da Case, a Nestlé já desenha propostas voltadas a ações contínuas, baseadas no que já está em prática. Para o vice-presidente Jurídico & Assuntos Públicos da Nestlé Brasil, Gustavo Bastos, o setor privado precisa “potencializar o que cada empresa já faz em seu segmento”, especialmente nas cadeias produtivas locais.

 

“Tem muita coisa em andamento, e o papel da Nestlé é ajudar para que esses atores continuem sendo relevantes — sejam pequenos, médios ou grandes. Atuamos fortemente em cadeias como as do cacau, café e leite, e mais de 40% dos nossos ingredientes vêm de práticas agrícolas sustentáveis”, destacou.

 

Bastos também ressaltou a parceria com produtores locais, especialmente na produção de cacau. “Trabalhamos com pequenos produtores e adquirimos insumos da região. Nosso olhar está voltado para as comunidades. Melhorar a qualidade de vida desses produtores gera um ganha-ganha em toda a cadeia, com sustentabilidade para diversos biomas”, completou.

 

A expectativa é que essas parcerias sejam fortalecidas durante a COP30, com compromissos tangíveis e mensuráveis, deixando resultados efetivos para a Amazônia.

 

Fonte: Acrítica