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Política

Trump volta a defender Bolsonaro e pede paz para o ex-presidente

É a segunda vez que presidente americano sai em defesa de Bolsonaro afirmando que as investigações contra ele são 'caça às bruxas'

09/07/2025 16h04 Por: Terra
Trump volta a defender Bolsonaro e pede paz para o ex-presidente

Foto: Reuters

Em publicação na noite desta última terça-feira (8), o presidente dos EUA, Donald Trump, classificou as investigações contra Jair Bolsonaro (PL) como "caça às bruxas". Foi a segunda vez em dois dias que Trump saiu em defesa do ex-presidente brasileiro.


 
"Deixem o Grande ex-presidente do Brasil em paz. CAÇA ÀS BRUXAS!!!", escreveu Trump em sua rede social, Truth Social. A mensagem fez referência à publicação anterior, feita na segunda-feira, 7, quando Trump também criticou as ações judiciais contra Bolsonaro, afirmando que eram ataques políticos.


 
A pressão dos Estados Unidos é vista como a principal estratégia para evitar uma condenação de Jair Bolsonaro, que responde no STF por liderar uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, se licenciou do mandato e se mudou para os EUA para tentar articular sanções ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF. Moraes prorrogou por 60 dias o inquérito que investiga a atuação de Eduardo perante o governo americano.


 
"Quase meia-noite no Brasil e Donald Trump voltou a postar denunciando a lawfare contra Jair Bolsonaro. Caça às bruxas!", escreveu Eduardo. "Lawfare" é o termo usado para descrever o uso do sistema jurídico como forma de ataque político.


 
As declarações de Trump têm incomodado o governo brasileiro, que vê as mensagens como uma intervenção na soberania do País. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou: "A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um País soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja."


 
O STF não se posicionou oficialmente, deixando a defesa institucional para o Executivo. Nos bastidores, magistrados consideraram as declarações de Trump "irrelevantes" para o julgamento de Bolsonaro.