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Lula sanciona lei que aumenta para até 40 anos a pena para estupro de vulneráveis

Nova lei aumenta em até 30% o tempo máximo de prisão para algumas crimes e prevê monitoramento eletrônico de condenados por crimes sexuais após cumprimento da pena

09/12/2025 07h44 Por: Isabella Calzolari - G1
Lula sanciona lei que aumenta para até 40 anos a pena para estupro de vulneráveis

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta última segunda-feira (8) a lei que endurece as penas para crimes cometidos contra a dignidade sexual de pessoas vulneráveis. O texto foi aprovado em novembro pelo Senado.

 

A proposta aumenta em até 30% o tempo máximo de prisão para algumas crimes, como o caso do estupro de vulnerável com morte.

 

Entre os aumentos de pena, estão:

 

  • Estupro de vulnerável:passa de 8 a 15 anos para 10 a 18 anos;
  • Estupro de vulnerável com lesão corporal grave:passa de 10 a 20 anos para 12 a 24 anos;
  • Estupro de vulnerável com morte:passa de 12 a 30 anos para 20 a 40 anos;
  • Corrupção de menores:passa de 2 a 5 anos para 6 a 14 anos;
  • Praticar sexo na presença de menor de 14 anos:passa de 2 a 4 anos para 5 a 12 anos;
  • Submeter menor a exploração sexual: passa de 4 a 10 anos para 7 a 16 anos;
  • Oferecer, transmitir ou vender cenas de estupro:passa de 1 a 5 anos para 4 a 10 anos; e
  • Descumprir decisão judicial:passa de 3 meses a dois anos para 2 a 5 anos de prisão.

 

A nova norma altera o Código Penal, o Código de Processo Penal (CPP), a Lei de Execução Penal, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

 

Monitoramento eletrônico

 

A lei também torna obrigatório o monitoramento eletrônico dos condenados por crimes contra a dignidade sexual e crimes contra a mulher ao deixarem o estabelecimento penal.

 

No âmbito processual, a lei torna obrigatória a coleta de material biológico (DNA) de condenados e investigados por crimes contra a dignidade sexual, para identificação do perfil genético.

 

O projeto também altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para prever tratamento médico e psicológico a famílias de vítimas e campanhas educativas contra o uso de castigos físicos e práticas degradantes.