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BRICS responde a declaração de Trump sobre tarifa adicional de 10%

Após a declaração do presidente dos Estados Unidos, países do BRICS reagem

08/07/2025 08h42 Por: CNN/Reuters
BRICS responde a declaração de Trump sobre tarifa adicional de 10%

Foto: Marcelo Camargo/ Agencia Brasil

Após declaração de Donald Trump no domingo (6), em que afirmou que países alinhados às "políticas antiamericanas" do Brics enfrentariam uma tarifa extra de 10%, nações do bloco reagiram nesta segunda-feira (7).

 

Na noite do dia 06, Trump foi à rede Truth Social e escreveu: "Qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics pagará uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a esta política. Obrigado pela atenção!"

 

O Brics original, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, realizou sua primeira cúpula em 2009. Posteriormente, a África do Sul se juntou ao grupo e, no ano passado, o bloco ampliou sua composição com a adesão do Egito, Etiópia, Indonésia, Irã e Emirados Árabes Unidos.

 

Rússia

 

O Kremlin afirmou que o Brics nunca teve como objetivo prejudicar outros países. Em resposta às declarações de Donald Trump, o porta-voz Dmitry Peskov declarou que o governo russo havia tomado nota dos comentários do presidente dos Estados Unidos.

 

"Vimos essas declarações de Trump, mas é importante destacar que a singularidade do Brics reside no fato de ser um grupo de países que compartilham abordagens e uma visão comum sobre como cooperar com base em seus próprios interesses", afirmou Peskov.

 

China

 

A China se opõe ao uso de tarifas como uma ferramenta de coerção, disse o Ministério das Relações Exteriores.

 

O uso de tarifas não serve a ninguém, ressaltou à imprensa Mao Ning, porta-voz do ministério.

 

África do Sul

 

A África do Sul reafirmou que não é antiamericana e segue interessada em negociar um acordo comercial com os Estados Unidos. Em entrevista à Reuters, o porta-voz do Ministério do Comércio sul-africano, Kaamil Alli, destacou que o país ainda aguarda uma comunicação formal dos EUA sobre o acordo, iniciado em maio, quando o presidente Cyril Ramaphosa se reuniu com Donald Trump na Casa Branca.

 

"Estamos mantendo conversas construtivas e frutíferas", afirmou Alli. "Como já dissemos antes, não somos antiamericanos", completou o porta-voz.

 

Malásia

 

A Malásia mantém uma política externa e econômica independente e está focada na facilitação do comércio, não no alinhamento ideológico, afirmou seu Ministério do Comércio.

 

A Malásia foi aceita como país parceiro (e não como membro efetivo) do grupo de nações em desenvolvimento do Brics em outubro passado.